Outubro, mês do cliente, será mesmo?

Todo mundo tem histórias para contar sobre experiências em uma central de atendimento. A questão é que, em geral, o histórico é ruim. As pessoas ligam para o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) das empresas para resolver um problema e, além de outros inconvenientes, a espera, na maioria das vezes, é longa. Esse é um cenário que as empresas tentam melhorar, principalmente depois que os consumidores começaram a reclamar nas redes sociais. Com isso, nos últimos anos, o SAC 2.0 vem ganhando mais espaço, também por uma questão de custo – um atendimento telefônico chega a custar R$ 14 para as empresas.

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Seria importante que as empresas brasileiras seguissem também esse belo exemplo e aproveitassem a ocasião para trazer esse importante assunto às pessoas-chave de sua organização. Vale lembrar que em tempos de globalização só conseguirão ganhar a corrida pela lealdade do consumidor as empresas que realmente conseguirem voltar-se para o mercado em toda a sua essência e alma (o que chamamos de tornar-se “a customer oriented company”). Aliás John Izzo, em seu livro “O Despertar da Alma da Empresa”, publicado recentemente pela Editora Cultrix-Amana Key, coloca com muita propriedade que as empresas entre as líderes de mercado em participação (share) de mercado e em faturamento contam com processos bem estruturados para valorização de seus recursos humanos internos, para que estes possam por sua vez valorizar e encantar os seus clientes externos.

Novalis diz assim: “A alma é o lugar onde o mundo interior e o mundo exterior se encontram.”

Atualmente sabemos que as empresas e seus profissionais estão se contorcendo em busca de administrar o tempo para realizar a multiplicidade de tarefas e atividades sob sua incumbência. Essa falta de tempo é usada como desculpa para deixar de dar e receber feed-backs aos colaboradores, processo de comunicação de mão-dupla, tão importante para a oxigenação do relacionamento interno e externo e para o “despertar a alma da empresa”. Estão também esquecendo de que a melhor forma de se administrar conflitos dentro da empresa ainda é a prevenção de maneira a evitar desgastes de recursos e energia dos profissionais.

No entanto, falta tempo, falta foco no que é verdadeiramente importante, falta portanto alma e trabalho em equipe para lidar com as mudanças que assolam as organizações. Falta criar uma cultura saudável de comunicação e promover mudanças contínuas, utilizando a sábia filosofia japonesa chamada Kaizen que significa promover mudanças graduais e contínuas.

Em última instância, falta as pessoas cuidarem de si do seu auto-conhecimento , para então poderem investir no conhecimento do grupo. Concluindo, falta ainda prevenir o stress, o chamado inimigo oculto das organizações, para garantir que os profissionais estejam sempre no ápice de sua performance e produtividade.

Só assim a “alma” individual poderá manifestar-se e encontrar-se com a “alma” coletiva e fazer brotar a força e a sinergia que leva os campeões ao podium e as empresas à liderança e à lucratividade.

Por Vera Vernareccia – Consultora especialista no Relacionamento Empresa-Cliente e CRM, sócia-diretora da Customer Sat Consultoria e Treinamento, Professora da Universidade Anhembi Morumbi de Administração de Conflitos, Negociação, Gestão de SACs e RH

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